Na realidade, o mundo está completamente enamorado com o Papa Francisco. Seja na televisão, no rádio, nos sites de notícias na Internet, ou em videos no Youtube; o Papa Francisco é apresentado como o adorável herói de hoje. O que a maioria das pessoas não avalia adequadamente é a plataforma da qual ele fala. Sem o palco papal, Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, seria um desconhecido para a maioria das pessoas no mundo. O sistema papal é inigualável como um sistema religioso monolítico e institucional ao redor do mundo; e ainda assim parece amigável e convidativo. O papado possui uma riqueza imensa, um domínio mundial, e dita sua fé a milhões de indivíduos.[1] Como a maior organização na terra, ele mostra sua soberba habilidade em seus diversos empreendimentos. O sistema papal é uma máquina burocrática elitista, e é tão poderosa que até mesmo o papa tem que conformar a ela ou sofrer as consequências. Um exemplo disso foi o assassinato do Papa João Paulo I ( Albino Luciani), em Setembro de 1978, apenas trinta e três dias após sua eleição.[2] Naquela época, o serviço de notícias católico, Zenit, relatou que o Cardeal Ratzinger disse: “sua morte foi totalmente inesperada. João Paulo I parecia estar gozando de boa saúde.” Ratzinger deve também ter tido conhecimento da morte anormal de outros papas, como por exemplo, o assassinato de papas como Estéfano VII (896-897), que foi estrangulado; Estevão IX (939-942), mutilado; João XII (955-964), assassinado; Benedito VI (973-974), estrangulado; João XIV (983-984), que morreu de fome; Gregório V (996-999), envenenado; Clemente II (1046-1047), envenenado; Damasus II (1048), assassinado; e Papa Pio XI (1939) supostamente assassinado. Mais tarde, em 2013, Ratzinger, então Papa Benedito XVI, parece ter sido forçado a resignar.
Um Resumo da História do Sistema Papal
Nos séculos IV e V, quando a grande perseguição de cristãos havia terminado, e Constantino fez do Cristianismo a religião oficial do império, o Evangelho foi diluído para acomodar práticas pagãs e especulações agnósticas. O verdadeiro louvor a Deus e a convicção interna do Espírito Santo foram gradualmente substituídos por um espírito mundano. Práticas de cultos pagãos foram assimiladas pela entidade chamada Igreja, a qual estava se tornando meramente uma forma ritualística e externalizada do Cristianismo, estranha às Escrituras, e desprovida da autêntica vida e experiência espirituais. A história de Vaudois, as igrejas Paulicians, e mais tarde dos Valdenses, mostra que o que foi chamado “Igreja”estava se separando mais e mais da verdadeira fé bíblica, e, dessa forma, estava se tornando um perseguidor feroz de todos aqueles que defendiam a verdade revelada no Novo Testamento.[3] Desde o começo dos tempos do Novo Testamento, o Evangelho havia produzido uma unidade interna entre os crentes; mas a substituição do Evangelho por ritualismo produziu uma unidade que era apenas externa, uma unidade visível para um sistema institucionalizado. A falsa divisão entre clérigo e leigo gerou uma ordem sacerdote-episcopal autoritária de domínio paroquial. Mais tarde, isto se traduziu no estabelecimento de uma hierarquia de um clero dominante reinando sobre o rebanho de Deus. Lá pelo final do século V, estes tais “sacerdotes” presumiam ser os mediadores entre Deus e os homens; substituindo os primitivos pastores do Evangelho, os quais haviam simplesmente ensinado as Escrituras. A Igreja não era mais a comunhão dos crentes em Jesus Cristo, unidos pelo Evangelho, mas, na maioria das vezes, estava rapidamente se tornando um sistema dominado pela hierarquia dos bispos e anciãos.[4] subida ao poder desse sistema religioso se tornou possível devido a vários fatores importantes no Império Romano. Em 330 D.C., o imperador Constantino transferiu a sede do Império de Roma para Constantinopla, e o vácuo de poder deixado por essa mudança abriu o caminho pelo qual esse sistema religioso em desenvolvimento pode se posicionar para obter um maior poder civil. Segundo, as invasões bárbaras do Império Romano do Ocidente criaram um caos esmagador, especialmente em Roma; e, tirando vantagem dessa crise, homens religiosos empreendedores a usaram para construir passo a passo a estrutura emergente do que se tornaria o sistema papal do Santo Império Romano.
Além disso, através da assimilação religiosa dos bárbaros, o bispo de Roma gradativamente firmou seu lugar como a principal força unificadora que manteve unida uma sociedade despedaçada e corrupta. Assim, o sistema do Vaticano emergiu triunfante da decadente e confusa ruína do Império Ocidental, e começou a se apropriar das prerrogativas dos Césares. Adicionalmente, este afirmou a si mesmo como possuidor de autoridade política e espiritual sobre todos os governantes, primeiro ministros e reis do mundo, não se sujeitando a nenhum deles. Esta era uma das principais batalhas do Sacro Império Romano, através dos séculos. Apesar de a Reforma Protestante do século XVI o ter eventualmente despojado de seu status na arena civil, o Vaticano nunca desistiu de seu desejo de governar o mundo, tanto espiritualmente como temporalmente.
Início do Sacramentalismo
Como o verdadeiro Evangelho da salvação, através da graça de Deus e da fé em Cristo somente, havia sido abandonado pelo sistema religioso papal, cada vez mais mundano, este começou a receber, a partir do século V e por muitos séculos, povos bárbaros que desejassem se tornar cristãos, sem nenhum chamado ao arrependimento e à crença. O sistema papal simplesmente batizava as pessoas dessas tribos bárbaras incluindo-as na chamada Igreja, colocando seus nomes em seus registros. Isto é completamente contrário às Escrituras Sagradas, na qual existe uma absoluta conexão entre o Espírito e a Palavra de Deus, e não entre água é graça. Dessa forma, o Apóstolo Pedro declarou: “tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e permanece.”[5] Apesar disso, o ensinamento papal do suposto renascimento através da água do batismo, que começou naqueles séculos, continua parte do sistema até os dias de hoje. O atual Código de Direito Canônico 849 declara:
“O Batismo, porta dos sacramentos, necessário na realidade ou ao menos em desejo para a salvação, e pelo qual os homens se libertam do pecado, se regeneram tornando-se filhos de Deus e se incorporam à Igreja [Católica Romana], configurados com Cristo mediante caráter indelével, só se administra validamente através da ablução com água verdadeira, usando-se a devida fórmula das palavras.”
Assim, desde o século V, pelo menos, homens chamados padres agiam como suposto mediadores entre Deus e homens. No entanto, de acordo com as Escrituras, diante do Santo Deus todo indivíduo é salvo somente por Sua graça. A Bíblia é absolutamente clara em Efésios 2:8-9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie”. E Efésios2:7 declara que é por Sua bondade, através de Jesus Cristo, que Deus demonstra a suprema riqueza de Sua graça: “para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.” Somente Deus salva, é o verdadeiro significado da graça divina.
O sistema papal vem tentando imitar a graça salvadora desde o final do século V, e para isso, alega que seus sacramentos são necessários à salvação. Demorou alguns séculos para que esse sistema sacramental fosse desenvolvido completamente em sete sacramentos. Hoje, os ensinamentos oficiais da igreja romana declaram o seguinte: “A Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação. ”[6] Esta é a política orientadora do sistema papal. Assim, no Domingo, dia 3 de Maio de 2015, o Papa Francisco obedeceu estritamente a política orientadora do Vaticano com relação aos sacramentos, e disse:
“Jesus é a videira...Nós somos os ramos e através desta parábola Jesus quer fazer-nos perceber a importância de permanecer unidos a Ele. Os ramos não são autossuficientes, mas dependem totalmente da videira, na qual se encontra a fonte da sua vida.Assim é para nós cristãos. Iniciados com o Batismo em Cristo, recebemos d’Ele gratuitamente o dom da vida nova; e graças à Igreja podemos ficar em comunhão vital com Cristo. Ocorre manter-se fiéis ao Batismo e crescer na intimidade com o Senhor mediante a oração, a escuta e a docilidade à sua Palavra, a participação aos Sacramentos, especialmente, à Eucaristia e à Reconciliação.”[7]
O Estabelecimento do Sistema com o Papa com seu Líder
O Imperador Justiniano I (527-565) foi quem, mais do que qualquer outro, estabeleceu a supremacia do bispo de Roma como o líder do sistema. Ele assim o fez de maneira legal e formal ao colocar éditos e regulamentos puramente eclesiásticos sob o controle da lei civil. O historiador Le Rou Edwin Froom resumiu dessa forma os acontecimentos:
“O terceiro maior feito de Justiniano foi a regulamentação das questões eclesiásticas e teológicas, que culminou com seu Corpo de Leis Civis, o qual estabeleceu o bispo de Roma como 'o cabeça de todas as santas igrejas', lançando assim os fundamentos para a supremacia eclesiástica do papa.”[8]
O decreto do Imperador Justiniano não criou o ofício do papa, mas, ao invés disso, estabeleceu a base legal para que o bispo de Roma avançasse seu domínio. O imperador queria aliviar o fracasso do Império, impondo assim uma unidade eclesiástica. Consequentemente, o bispo de Roma se tornou o cabeça da igreja do Império, e o título de “Papa” começou a ser utilizado por aquele com o título de “bispo de Roma”, o qual era agora livre para para utilizar a espada da coerção do poder civil dada a ele pelo decreto de Justiniano.
Antes disso, a unidade eclesiástica era obtida pela persuazão moral do Evangelho e das Escrituras para a salvação dos indivíduos que, por sua vez, se tornavam sal e luz em suas sociedades civis. Assim, foi no século VIII, que o poder civil foi colocado ao alcance do papado; e à medida que o poder do “sistema” cresceu, cresceu também a imoralidade na vida tanto daqueles que o lideravam como também daqueles que estavam sob seu controle.
Imoralidade seguida por Assassinato Eclesiástico e Tortura
O ano de 1073 foi um ponto crítico nesses séculos de tamanha imoralidade. A disciplina rigorosa se tornou a regra do papado. Mas agora, além da luxúria da carne, a mente do papado continuou com seu desejo de domínio total, tanto eclesiástico como civil. Neste período, a linhagem de Carlos Magno já estava muito fraca para evitar as ambições papais, e Papa Gregório VII (também conhecido como Hildebrando) era mais ambicioso que os que o haviam precedido. Ele estava convencido de que o reino do papa era de fato o reino de Deus na Terra, e estava determinado a colocar todo poder e autoridade, seja espiritual ou temporal, sob o domínio da “cadeira de Pedro”. Foi Gregório VII quem previu o que se tornaria a vasta estrutura do sistema papal. Seu objetivo era o de se tornar o governante supremo e o juíz de todos os líderes, tanto na Igreja como no Estado. O que Gregório compreendeu tão astutamente foi a noção de que para ter domínio sobre a esfera temporal, o papa teria que alegar ser Deus. Essa noção, alimentada por sua ambição esmagadora e pela tremenda riqueza que a Igreja Católica Romana já possuia, fez com que sua implementação fosse possível.
Essas encenações astutas começaram a produzir frutos ainda durante o governo de Gregório (1073-1085). Os papas Inocêncio III (1198-1216) e Bonifácio VIII (1294-1303) colocaram os toques finais no poder espiritual e temporal do sistema papal. O papa Inocêncio III proclamou uma cruzada contra os Albigenses[9] e ofereceu, a todos aqueles que participassem dela, o perdão de todos os pecados, com direito de entrar no céu sem ter que passar pelo purgatório. Essa foi uma guerra perpetrada com tremenda crueldade. Cidades e vilas inteiras foram destruídas indiscriminadamente, e milhares de pessoas foram queimadas na fogueira ou sujeitas a torturas brutais. A história desses tremendos atos de brutalidade foi estabelecida por numerosos relatos. Papa Bonifácio VIII era “teimoso, ambicioso, inteligente, fútil e inescrupuloso. Ele verdadeiramente acreditava que o papa era o 'Vicário de Cristo na Terra', e que ele tinha poderes supernaturais. Qualquer um que se opusesse a ele estaria se opondo a Deus e, portanto, era perverso”[10] Ele é famoso por sua declaração na bula papal “Unum Sanctum”: “Nós declaramos, dizemos, definimos e proclamamos que toda criatura humana, por sua necessidade de salvação, está sujeita ao Pontífice Romano.”[11] Setenta e cinco papas, um após o outro, desde o Papa Inocêncio III ao Papa Pio VII, aprovaram tortura, assassinato, queimaram pessoas na fogueira, e confiscaram a propriedade de cristãos durante os seis terríveis séculos da Inquisição.[12] O papado infligiu torturas excruciantes e morte cruel àqueles que eram verdadeiros cristãos.
A Gloriosa Reforma Protestante e a Malevolente Contra Reforma
A Reforma Protestante no século XVI não apenas restaurou grandemente a fé bíblica que havia sido proclamada pelos Apóstolos, mas também devastou o sistema papal por toda a Europa. Os grandes nomes da Reforma foram tais como Lutero, em Wittenberg; Erasmo e Colet em Oxford; Bilney, Latimer e Cartwright em Cambridge; e Lefevre and Farel em Paris. Esses líderes da Reforma eram homens altamente treinados dessa geração, e, em alguns casos, como no caso de Beza e Tyndale, eram intelectuais altamente conceituados. A Reforma foi um glorioso despertar espiritual. E a primeira resposta do sistema Católico Romano à fé bíblica dos Reformadores foi a Contra-Reforma, que foi avaçada principalmente através da influência política e educacional da Ordem dos Jesuítas. Os Jesuítas, de maneira militante e intransigente, lideraram o movimeto para restaurar o sistema católico romano à posição que ele tinha antes. Sua intenção, então e agora, é a de endoutrinar a população. Pessoas que não têm um firme conhecimento da Bíblia são notoriamente superticiosas e subservientes aos ditames de religiões emocionais e misticismo. O misticismo dos jesuítas é, então, muito atraente a eles, pois não têm o conhecimento correto de Deus através de Jesus Cristo e de Sua Palavra escrita. A estas pessoas, desorientadas em escuridão espiritual, o sistema católico romano oferece a autoridade do papa, seus rituais visíveis e o condicionamento psicológico eficiente.
Pela metade do século dezessete, a Ordem dos Jesuítas possuia milhares de membros em toda Europa. Sua missão, naquela época e hoje, tem sido a de minar a confiança na Bíblia como a Palavra de Deus e extirpar os efeitos da Reforma Protestate. Nos últimos séculos eles se tornaram a arma mais potente do papado para subverter a cultura ocidental dos princípios e liberdades bíblico-cristãs. Os jesuítas têm sido uma forte influência nas monarquias católicas em toda a Europa. Eles têm liderado os principais esforços da Contra-Reforma por quatro séculos ao apoiar a autoridade papal, restaurar o sistema sacramental, e promulgar uma versão persuasiva do misticismo e supertição romanos em várias nações que tinham sido tocadas pelos princípios bíblicos da Reforma Protestante. Muito do que a Roma papal conquistou desde a Reforma e nos tempos modernos se deve ao planejamento, à estratégia, e à dedicação fanática dos jesuítas. No dia 1/6/2015, o sistema papal, usando seu papa jesuíta, Francisco, igualou Jesus a Maomé, tentando, assim, negar e repudiar a excepcionalidade do próprio Senhor Jesus e da fé cristã. Suas palavras exatas foram: “Jesus Cristo, Maomé, Jeová, Alá, estes são todos os nomes usados para descrever uma entidade que é certamente a mesma por todo o mundo.”[13] Tal repúdio da excepcionalidade do Senhor Jesus Cristo pelo sistema papal é o ponto culminante da apostasia.
O Sistema Papal Promove seu Próprio Sistema Cultural
O conceito de “bem comum” é uma parte integral da doutrina social católica. Eles definem “bem comum” da seguinte forma:
O bem comum não consiste na simples soma dos bens particulares de cada sujeito do corpo social. Sendo de todos e de cada um, é e permanece comum, porque indivisível e porque somente juntos é possível alcançá-lo, aumentá-lo e conservá-lo...O bem comum pode ser entendido como a dimensão social e comunitária do bem moral. ”[14]
Implícita nesta declaração está a idéia de que toda propriedade privada, riqueza e bens nunca são realmente privados. Em outra parte, é oficialmente declarado que a propriedade privada e todos os bens estão sempre sujeitos a reegulamentação, de forma que “o bem comum” seja o principal beneficiário.[15] Além disso, o Catecismo da Igreja Católica declara:
“Cabe ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil. O bem comum de toda a família humana pede uma organização da sociedade internacional.”[16]
Ao alinhar-se com as atuais tendências socialistas, o sistema papal espera ganhar uma crescente posição de relevância nos círculos políticos, econômicos e sociais seculares. A doutrina social católica tem como objetivo um coletivismo do estilo marxista no qual cada pessoa tem uma porção igual do “bem comum” com base em sua suposta dignidade e direito. Tal conceito ensina que as pessoas dependem do goveno civil ao invés de serem responsáveis por suas próprias vidas e escolhas, como a Bíblia requer. Em lugar algum a Bíblia chama cristãos a depender do governo para sua subsistência, mas ao invés disso, devem buscar a Deus, que é o provedor de suas necessidades.[17] Se, no entanto, o sistema papal fizer com que a Bíblia pareça irrelevante,[18] e perverter o Evangelho, a Igreja Católica terá de novo a oportunidade de se tornar a autoridade moral internacional; o que já alega ser nos países primeiramente católicos.
Concluindo, a Lição a ser Aprendida
O sistema papal surgiu durante o Império Romano e sobreviveu a sua queda. Em 537 D.C., Justiniano forneceu a base legal para que este adquirisse poder civil, o que este o fez no curso dos séculos seguintes. Seu poder temporal foi contido com a recuperação da Bíblia e do Evangelho durante a Reforma Protestante, no século XVI, e resistida pelos puritanos nos séculos dezessete e dezoito. No entanto, este sobreviveu a desintegração do Império Romano para se tornar uma “nação soberana” no século XX, e está agora em posição de continuar como um grande participante do poder neste século. Atualmente, o Papa Francisco é o líder visível da igreja romana, mas o sistema papal, que é nada menos que a falsificação satânica da verdadeira Igreja Cristã e o próprio “mistério da iniquidade”[19] , é quem controla o poder por trás do trono. O resultado disso através dos séculos têm sido o “perverso engano”do sistema. Tal apostasia é marcada pela hipocrisia e pela falsidade. O sistema papal é apóstata, e enquanto por fora se empenha para se mostrar justo e santo, tem como objetivo enganar mesmo os eleitos, se isso fosse possível.
A Igreja verdadeira é um dos grandes mistérios revelados por Deus, a qual teve sua completa manifestação no Novo Testamento, como o corpo do Senhor Jesus Cristo..[20] Assim, as Escrituras procalmam: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”[21] É por isso que o Cristianismo verdadeiro é centralizado na Pessoa do Senhor Jesus Cristo e não num sistema eclesiástico e político.
Quando contemplamos o poder, a sabedoria, a bondade do Pai celestial, nós também contemplamos o poder, a sabedoria, e a bondade do Senhor Jesus Cristo, pois, como Mediador, Ele tem a natureza e as perfeições do próprio Deus. Somente o Senhor Jesus Cristo nos reconcilia com Deus pela completa satisfação legal por nossos pecados, através de sua morte substitucional na cruz. Não existe, absolutamente, qualquer sistema de igreja que possa redimir uma alma através de ações rituais e sacramenalizadas, ou por qualquer outro meio. Nem mesmo nós mesmo podemos nos justificar perante Deus através de nossas obras religiosas, as quais são sempre manchadas por nossas ações imperfeitas e motivos egoístas. Uma alma não terá paz com Deus enquanto estiver se esforçando para salvar a si mesma por meios que não são aceitáveis a Ele. Somente a obra de redenção do Senhor Jesus Cristo, ao derramar Seu sangue por nós, satisfaz os requerimentos do Deus Santo e de Sua Lei perfeita. É através de nosssa fé em Cristo, como o Corderio Perfeito de Deus, que somos salvos. Ao crermos nEle, nós somos resgatados da penalidade universal da segunda morte e temos a garantia, diante de Deus, que somos aceitos nEle. [22] Não existe nenhuma outra forma de salvação que Deus, o Espírito Santo, testifique como validado por Ele para as consciências dos homens.[23] “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.”(Acts 4:12) Assim, a Palavra de Deus expressa: “A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.”[24] Concluindo, é a gloriosa pessoa do Senhor Jesus Cristo que é revelada e dá vida e salvação; em completo contraste com o sistema papal que promete vida e salvação, mas em realidade oferece rituais de servidão e imoralidade que no fim levam à morte e à condenação.
Se não fosse pela recuperação da autoridade absoluta da Bíblia e do Evangelho da graça na salvação durante a Reforma Protestante do século dezesseis, o sistema papal talvez ainda estivesse desapercebido. Apesar de este sistema ser exposto tão abertamente no mundo de hoje, o Espírito Santo ainda convence indivíduos de seus pecados diante do Santo Deus, e os leva ao arrependimento para a vida em Jesus Cristo. “Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão de pecados.”[25]
As palavras assustadoras do Senhor em Mateus 7:21 devem soar nos ouvidos daqueles que durante toda a sua vida creram no sistema religioso papal: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Ninguém terá parte com Deus em sua glória meramente por reconhecer a autoridade de Cristo, crer em sua divindade, professar fé em Sua perfeição e no mérito infinito de sua redenção, mas apenas aquele que crer somente no Senhor Jesus Cristo para sua salvação.
O Senhor resumiu o mandamento da fé quando disse: “Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.”[26] “ Da mesma forma, o Apóstolo Paulo e Silas declararam: “Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” [27] O Evangelho do Senhor Jesus vigora, e também Seu chamado em sua vida. Você pessoalmente conhece Jesus Cristo? A água da vida é oferecida a você na abundância da graça que supera a malignidade do pecado. Assim, o chamado do Senhor Jesus, nas Escrituras, diz: “E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida. ”[28]
Uma vez que você, um pecador condenado, crê em Jesus Cristo somente, pela graça somente, pela fé somente, como sua única segurança e refúgio diante do Deus Todo Santo, você se vê livre de seus pecados, e feito para reinar em vida, “Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.”[29] Aqueles que recebem a graça abundante dada por Cristo não apenas são redimidos do domínio da morte, mas vivem e reinam com Ele à medida que são santificados diariamente através de Sua Palavra, pelo Espírito Santo, e pela constante comunhão com Ele. Com Cristo eles devem reinar para sempre e glorificá-lO por toda eternidade. Creia em Jesus somente, e você estará seguro nEle “para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado;”[30] “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”[31]
Richard Bennett of “Berean Beacon”
Website: http://www.bereanbeacon.org/portugues
O autor autoriza a cópia desse artigo desde que seja feita em sua totalidade, sem alterações. É também autorizada a publicação desse artigo em sua totalidade em web sites na Internete
[1] The papal system rules more than one billion Roman Catholics worldwide.
[2] Vid David Yallop, In God’s Name: An Investigation Into the Murder of Pope John Paul I (Bantam Books, 1984)
[3] “E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração.” Apocalipse 17:6
[4] Vid Wylie, A História do Protestantismo, Vol. I, Book I, pp. 3-14. Veja também D’Aubigne, Book I, pp.1-34. O historiador William Gilly mostra que no começo do século V, Vigilantius, nativo da Acquitain, se opôs firmemente ao desenvolvimento do sistema eclesiástico.
[5] I Pedro 1:23
[6] Catecismo Parágrafo 1129 (Italicos no original)
[7] www.missionsandiego.org/pope-francis-bear-the-fruits-of-membership-in-christ-and-the-church-regina-caeli-messsage-may-3-2015/ (No original os nomes dos sacramentos não estão em negrito.)
[8] A Fé Profética de Nossos Pais, by Le Roy Edwin Froom Vol. I, p. 507.
[9] Os Albigenses eram um grupo de Cristãos, influentes por sua vida de devoção, condenados pelo sistema de Roma. George Stanley Faber, escritos de 1838 nos dão um exemplo do trabalho papal: “De acordo com o plano adotado pelos inquisidores de Languedoc, era moralmente impossível para qualquer dos acusados Albigenses escapar [das acusações de maniqueísmo].
[10] http://history.boisestate.edu/westciv/babylon/04.htm 6/3/2015
[11] Henry Denzinger, As Fontes do Dogma Católico, Revisado by Karl Rahner, B. Herder Book Co., 1957), #469.
[12] Assistao Vídeo A Inquisição no site: https://www.youtube.com/watch?v=Rx8PdvOELvY
[13] http://nationalreport.net/pope-francis-followers-koran-holy-bible/ 6/5/2015
[14] Compêndio, Sect. 164
[15] Compêndio, Sect. 177, 178
[16] Catecismo, Para. 1927
[17] Mateus 6:31-32 “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Hebreus 13:5-6 “Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. De modo que com plena confiança digamos: O Senhor é quem me ajuda, não temerei; que me fará o homem?”
[18] Este plano tem sido ensinado extensivamente nas universidades ocidentais pelo menos desde os anos 60.
[19] II Tessalonicenses 2:7 Esta específica rebeldia surgiu gradualmente dentro do sistema papal quando o Império Romano deu lugar ao que se tornou o Santo Império Romano.
[20] O termo mistério significa que algo que algo que agora foi revelado esteve escondido no passado. Um dos grandes mistérios que Deus revela no Novo Testamento é o mistério da igreja. Esta é uma coisa nova; a igreja formada de Judeus e Gentios, uma em Cristo.
[21] Hebreus 1:1-3
[22] Efésios 1:3-7
[23] Romanos 5:1
[24] Salmos 73:25
[25] Lucas 24:46-47; Atos 5:31
[26] João 6:29
[27] Atos 16:31
[28] Apocalípse 22:17
[29] Romanos 5:17
[30] Efésios 1:6
[31] 2 Coríntios 5:17